Fonte: Coluna RADAR – Revista VEJA
Um bom termômetro para analisar o “estado de espírito” da economia, é o consumo de energia. Nada se faz sem ela. Simples assim.
Corroborando o que se sente a cada dia nos noticiários, o consumo de energia vem caindo seguidamente. O próprio governo alardeia que “não há risco de racionamento”. Sabe por que? Não é porque se implantou mais usinas ou o estado de reserva de água dos reservatórios melhorou subitamente; é porque a carga caiu. Eu escrevi A CARGA CAIU e não a CASA CAIU… Por enquanto…
De novo usando os dados fornecidos pelo próprio gunverno, pode-se reforçar a certeza de que o tamanho da encrenca que se configura é grande mesmo.
Domingo passado, 21/6, o ONS registrou um pico de carga de apenas 46.963,75 MWh médios; o menor verificado desde 01/01/2012, um feriadão de começo de ano, quando se verificou 43.679,00 MWh médios.
Fica evidente que o Brasil pisou no freio, engatou o freio de estacionamento e a primeira marcha. Está atolado até o pescoço numa recessão braba, desemprego crescente e acelerado, inflação alta e crescente e mais tarifaços na energia e combustíveis ainda estão por vir.
Detalhe: mesmo com o consumo tão baixo, as caras e poluentes usinas termelétricas ainda produziram cerca de 29% de toda a energia consumida pelos brasileiros. Portanto, os reservatórios ainda estão baixos.