American Sniper

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O filme lembra o antecessor e vencedor do Oscar Guerra ao Terror, no que diz respeito a mostrar dois protagonistas que após experimentar a guerra, acabam por se sentirem mais a vontade nela do que em casa com suas famílias. Consequentemente acabam sempre por retornar a conflito, não mais por obrigação, mas por não verem muito sentido na “vida” fora dela.

A diferença é que enquanto William James era um mero viciado no “trabalho” e possuía cabeça mais aberta, fato que lhe dava certa capacidade de analisar e entender os motivos e nuances da guerra. Chris Kyle é fidedignamente retratado como um alienado, dono de um patriotismo exagerado, típico dos sulistas americanos (criados desde pequenos como amantes de armas, animais e do próprio pais, não necessariamente nesta ordem). Este típico patriotismo deve ser apenas aceito e não ser avaliado criticamente pelos expectadores, pois nesse caso é possível se formar um preconceito contra o filme.

A atuação de Cooper é boa e esta dentro da media que este vem apresentando nos últimos anos, obviamente não estava a altura do Oscar.
A produção é bem cuidada, apesar de alguns problemas técnicos que na pratica não afetam a percepção ou diminuem o filme.
A direção de Eastwood é firme e mostra um diretor já acostumado com filmes do gênero.

Em resumo o filme é competente, embora peca por não explorar mais os dilemas do protagonista. Consequentemente perdeu a chance de dar mais ênfase a psique do soldado e sua relação conturbada com a própria família, fato que poderia ter elevado o nível da produção. Como resultado temos um filme que não conseguiu ser muito acima da media nem na ação e nem no drama do protagonista.

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