Whiplash

Whiplash

A cena de abertura já é um prenúncio do que viria a seguir. A introdução musical seguida do plano do corredor e o protagonista com sua bateria ao fundo, seguindo com a posterior aproximação da câmera já cria uma daquelas cenas dignas dos grandes filmes.

Whiplash é um filme sobre um homem obcecado em se tornar o melhor em algo, não importando quais sacrifícios sejam necessários para isso. Um jovem que vive unicamente em função de alcançar seu objetivo.

O filme é simples e direto, pontos para o roteiro enxuto e objetivo. Até como uma forma de focar exclusivamente na entrega do personagem, em momento algum perde tempo tentando aprofundar o drama familiar ou criando romances, como forma de tentar aumentar a empatia do protagonista com o público. Ou seja, o filme é o que é, sem truques ou subterfúgios.

As atuações da dupla de protagonistas é simplesmente impressionante. Milles Teller surpreende em encarrar tão bem o personagem, de forma a dar a impressão que ele mesmo tem um pouco do personagem em si. Certamente deveria ter sido ao menos indicado ao Oscar.

J.K Simmons tem uma atuação incrível, ao vê-lo em tela como o Prof. Fletcher é impossível não lembrar de seu personagem na série OZ, quase tão cruel quanto, não seria absurdo pensar que ambos poderiam ser parentes por exemplo. Oscar muito merecido.

Vale também comentar como é bom também voltar a ver Paul Reiser nas telas.

A direção é excelente e extremamente segura, alternando muito bem entre planos abertos e closes. Closes que nos transportam para os personagens quase como se pudessemos entrar nas mentes deles.

Sem dúvidas um daqueles filmes que dão vontade de assistir novamente logo após a exibição. O final é fantástico e me deixou rindo sozinho por algum tempo. Não tanto tempo quanto a bateria insiste em tocar dentro de nossas cabeças.

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